domingo, 19 de setembro de 2010

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes…
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo.
Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu acaso, sua adoração ou seu desprezo.
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.
(...) As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação.
Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas.
Não gosto de nada que é raso, de água pela canela.
Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora.

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